A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovou e já colocou em funcionamento a sua Política de Comunicação. A resolução 82/2022, aprovada em agosto pelo Conselho Universitário (Consuni), busca normatizar o planejamento, execução e avaliação de estratégias, ações, produtos e serviços de comunicação baseada no conceito básico de Comunicação Pública. A Comunicação Pública é um indicador de democracia a partir da promoção do debate público baseado na construção da cidadania e pluralidade de ideias e pensamentos.
O reitor da Universidade Federal de Mato Grosso, professor Evandro Soares da Silva, aponta que a implantação de uma política de comunicação é um avanço na promoção da transparência e da cidadania. “A gestão da comunicação é um processo permanente e sistemático de tomada de decisões, organicamente associado ao planejamento estratégico, que abrange todas as atividades acadêmicas, científicas, tecnológicas, extensionistas, culturais e administrativas voltadas para o relacionamento com a sociedade na busca de soluções às demandas, formação e produção de conhecimento”, ressalta.
De acordo com o reitor, este planejamento demanda a organização de ações que captem os ideais da instituição e aspirações da sociedade. “Neste sentido, é necessário estabelecer procedimentos e manter fluxos efetivos de informação, participação e diálogo, em consonância com a política e os princípios gerais da instituição, resguardando a pluralidade de ideias, mas, ao mesmo tempo, buscando evitar ruídos, desencontros de informações e a fragmentação da imagem institucional”, explica
Além da comunicação pública, a política de comunicação da UFMT parte de princípios como a comunicação institucional em prol da construção da identidade da universidade de forma coerente com o seu papel social e a comunicação interna para mobilizar, educar a manter a coesão dos públicos relacionados a UFMT em seus diferentes Câmpus. A construção da política atende também ao Planejamento Estratégico da UFMT no que se refere ao desenvolvimento econômico, social e regional da universidade.
“A comunicação institucional é responsabilidade de todos e deve ser estratégica, dinâmica e efetiva. Deve superar a visão de mera transmissão de informações. Portanto, a gestão da comunicação é um processo permanente e sistemático de tomada de decisões, organicamente associado ao planejamento estratégico, que abrange todas as atividades voltadas para o relacionamento entre os públicos da universidade e entre a universidade e a sociedade”, disse a secretária de Comunicação e Multimeios (Secomm) da UFMT, jornalista Maria Selma Alves.
A estrutura da Secomm está completamente envolvida na política de comunicação aprovada pelo Consuni. Coordenação de Comunicação e Imprensa (CCI), Gerência de Imprensa, Gerência de Web e Marketing, Gerência de TV e Rádio, Supervisão de Sistemas e Aplicações (SSA) estão responsáveis por conduzir o portal da UFMT, as redes sociais oficiais e a TV Universidade (TVU, canal 2.1), além de outros espaços institucionais de comunicação para cumprir as metas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFMT.
Construção a partir de políticas já exitosas
Segundo a secretária de Comunicação e Multimeios, a construção da política prospectou exemplos de sucesso em outras instituições federais como as Universidades Federais de Goiás (UFG), do Rio Grande do Norte (UFRN), do Tocantins (UFT), de Mato Grosso do Sul (UFMS). “Importante instrumento de gestão da comunicação, a Política de Comunicação vai fundamentar os planos, projetos e ações de comunicação, favorecendo a comunicação organizacional, orientando os agentes envolvidos na comunicação nas diversas instâncias administrativas e acadêmicas, e buscando garantir condutas pautadas nos valores e conceitos compartilhados por toda a instituição”, relata Maria Selma Alves.
Para Maria Selma Alves, o contato com as universidades através de suas políticas de comunicação permitiu a construção do documento que direciona a comunicação da UFMT de forma estruturada e baseada no diálogo com diferentes câmpus e pró-reitorias. “Foram observados principalmente os seguintes pontos: definições de públicos internos, externos e mistos; estrutura e produtos de comunicação; espaços institucionais; gestão de crises; identidade institucional, planejamento e planos de comunicação, dentre outros aspectos”, ressalta. Também foram consideradas proposições apresentadas dentro do estudo realizado pela Comissão composta pelo curso de Jornalismo do Câmpus do Araguaia.
A Política de Comunicação da UFMT considera os públicos nas perspectivas interna, externa e mista com ações diferentes para cada um deles. O público interno envolve quem possui relação direta com a universidade, incluindo professores, estudantes, pesquisadores, técnico-administrativos, terceirizados e estagiários. Já o público externo envolve a sociedade, veículos de imprensa, entidades e órgãos de controle. Os dois segmentos estão representados no público misto, representados por aqueles que atuam em relação aos espaços institucionais da UFMT.