A criação do curso de Bacharelado em Ciências Sociais foi cogitada em diversas ocasiões na Universidade Federal de Mato Grosso, sem que, no entanto, se concretizasse. Houveram discussões para tal criação em 1970 e 1992, entretanto, dada diversas questões, entre essas a existência da ditadura militar (1970) e reforma administrativa da UFMT (1992) tal esforço não se concretizou. Em 1999 foi retomado o projeto para a implantação do Curso de Ciências Sociais, como desdobramento das discussões ocorridas tanto dentro dos Colegiados dos Departamentos de Antropologia e de Sociologia e Ciência Política, como na Congregação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS). Em todas as discussões, tanto internamente, como em seminários promovidos pelos dois Departamentos, foi diagnosticado a urgência de se ofertar o curso de Ciências Sociais, visto que a não existência dele se constituía como uma grande lacuna para a sociedade mato-grossense, na medida em que existia a necessidade da formação de profissionais para realizar diagnósticos científicos e apresentar intervenções para os problemas de natureza social, política e cultural da região.

        Desde sua implementação em 2003 até o ano de 2009, o curso de Bacharelado em Ciências Sociais do ICHS, campus Cuiabá, esteve integrado ao curso de Licenciatura. Com o predomínio do entendimento dos órgãos reguladores federais e da instituição sobre a necessidade de projetos pedagógicos específicos aos diferentes objetivos e perfis profissionais visados pelos cursos de graduação, foram criados em 2010, por iniciativa do Ministério da Educação, os cursos de Licenciatura em Ciências Sociais e de Bacharelado em Ciências Sociais por desmembramento do curso original de Bacharelado e Licenciatura em Ciências Sociais.

        Após sua criação por desdobramento, o novo curso de Bacharelado manteve-se, como o anterior, alinhado às Diretrizes Curriculares para os cursos de Bacharelado e de Licenciatura em Ciências Sociais (Parecer CNE/CES 492/2001, de 03 de Abril de 2001 e Resolução CNE/CES 17, DE 13 de Março de 2002) e passou a buscar mecanismos para uma identidade própria para evidenciar o cumprimento das Diretrizes Curriculares. Resultados positivos fizeram-se sentir, por exemplo, com a ampliação de atividades de extensão e a ampliação significativa do número de pesquisas e trabalhos de conclusão de curso de graduação.

        Em 2013 um então novo Projeto Pedagógico de Curso (PPC) foi aprovado e o curso reconhecido com Conceito 4 pela Comissão de Avaliação in loco constituída pelo INEP, indicando sua boa qualidade. Recentemente, em 2023, um novo PPC foi aprovado, instituindo um curso com 2.432 horas, com integralização mínima em sete semestres e máxima em 11 semestres, com oferta de 30 vagas anuais em período noturno.