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Ciências

Pesquisador no EUA retorna ao Brasil para atuar na UFMT


Foto: Arquivo Pessoal
O projeto de energia solar com perovskita terá apoio do CNPq; confira!

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) terá um projeto voltado ao desenvolvimento de novas tecnologias para energia solar, uma das fontes renováveis mais promissoras e sustentáveis do futuro. A proposta, aprovada em edital do CNPq N° 21/2024 - Atração e Fixação de Talentos, será conduzida pelo Professor Dr. Paulo Ernesto Marchezi, que retornou ao Brasil após desenvolver seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos. Marchezi faz parte da equipe do Laboratório de Nanotecnologia e Energia Solar (LNES), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde estuda a degradação e os caminhos para aumentar a estabilidade das células solares de perovskita, que além de um mineral encontrado na natureza, pode ser reproduzido em laboratório com diversos compostos orgânicos e inorgânicos.


A perovskita é um composto mineral encontrado na natureza na forma de óxido de cálcio e  titânio, que possui grande potencial de aplicação como células solares, LEDs e outros dispositivos eletrônicos. Foto: Portal da Mineração



Segundo Marchezi, o foco do projeto, que vai ser desenvolvido na UFMT, será o aperfeiçoamento das interfaces da perovskita, especificamente nas chamadas “zonas de contato” (veja ilustração abaixo), regiões entre as camadas internas dos dispositivos de energia solar para aumentar a eficiência e a durabilidade do material. “Serão produzidos e estudados filmes finos, camadas extremamente delicadas de materiais, analisadas com técnicas avançadas, como o uso de luz síncrotron (equipamento que produz radiação eletromagnética em laboratório), capaz de revelar a estrutura dos materiais em nível atômico. Pequenos ajustes nessas interfaces podem fazer toda a diferença para aumentar a eficiência e a durabilidade das células solares”, explicou.


Fonte: Murillo Henrique de Matos Rodrigues/Alexandre Affonso/Revista Pesquisa Fapesp


Marchezi destacou ainda: “O diferencial da proposta é justamente explorar uma área estratégica e ainda pouco estudada no Brasil: o contato entre a perovskita e os materiais que transportam as cargas elétricas nas células solares. Esse é um dos pontos-chave para impulsionar a tecnologia solar no país”.

Na UFMT, o Prof. Dr. Paulo Ernesto Marchezi, terá a parceria do Prof. Dr. Eralci Moreira Terézio, docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Física (PPGFis) e associado ao Instituto de Física da UFMT. Além de reforçar a produção científica e a internacionalização da universidade, o projeto prevê, ainda, colaborações com instituições de excelência no Brasil e no exterior, como a Unicamp, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade de Aveiro (Portugal) e Universidade de Karlstad (Suécia). De acordo com Marchezi, também estão previstas bolsas de Iniciação Científica para estudantes de graduação, o que representa uma importante oportunidade de formação de novos talentos na área de energia renovável, especialmente na região Centro-Oeste.

Pesquisa de fronteira

O projeto aprovado está na vanguarda da pesquisa em materiais para conversão de energia e foca no desenvolvimento de células solares de terceira geração, com ênfase em dispositivos à base de perovskitas. Essa tecnologia promete ganhos significativos em eficiência e sustentabilidade para aplicações em energia fotovoltaica.

Reconhecimento e impacto

Segundo o Pró-reitor de Pesquisa, Prof. Dr. Bruno Araújo, a aprovação do projeto na chamada Conhecimento Brasil reafirma o papel da UFMT como espaço estratégico para a ciência e tecnologia no Centro-Oeste e a capacidade de atuação em áreas prioritárias para o desenvolvimento sustentável e a transição energética do país.

“A vinda de pesquisadores com esse perfil eleva o potencial de inovação da UFMT e contribui para estruturar e consolidar uma rede de excelência em ciência aplicada no estado, especialmente em áreas ligadas à sustentabilidade energética – um tema cada vez mais urgente diante dos desafios globais que enfrentamos”, pontua.

Texto por: Maria Rita Lima - Bolsista do Programa Institucional de Comunicação Pública da Ciência da PROPESQ/UFMT

Revisão: Zina Crepaldi - Membro do Programa Institucional de Comunicação Pública da Ciência da PROPESQ/UFMT


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PORMaria Rita Lima
Bolsista do Programa Institucional de Comunicação Pública da Ciência

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