Variabilidade Espacial e Temporal de Microplásticos em Córregos Urbanos do Município de Cuiabá-MT

Autor: Alexandre de Souza Cardoso Teixeira

Categoria(s): Dissertações

Palavra(s)-chave: Adsorção. Resíduos. Polímeros. Microbacias.

A ingestão de microplásticos (MPs) adsorvidos com substâncias tóxicas, tais como bifenilos policlorados (PCBs), difenil éteres polibromados (PBDEs), pesticidas organoclorados (OCPs), antibiótico e metais potencialmente tóxicos, podem gerar impactos fisiológicos nos organismos aquáticos, e que consequentemente podem causar efeitos nocivos diretos e indiretos em humanos. Contudo, a presença desses resíduos em ambientes lóticos urbanos, dependente de uma série de variáveis relacionadas a essas residências, como o lançamento de efluentes domésticos e a coleta de resíduos em geral. O objetivo principal desse estudo foi investigar a variabilidade espacial e temporal de MPs em córregos urbanos obtidos de sedimentos, coletados em oitos afluentes da bacia hidrográfica do rio Cuiabá-MT. Verificou-se por meio da percepção ambiental, o entorno dos exutórios nos seus principais afluentes da bacia hidrográfica do rio Cuiabá e, faz-se o registro de todos os tipos de resíduos encontrados, além das coletas realizadas. Foi investigado e confirmado a influência temporal e espacial no tipo e quantidade de MPs, presentes no sedimento dos locais de coleta. A metodologia aplicada neste estudo foi a utilização de dados secundários das características morfométricas dos córregos urbanos. Para o processamento das amostras de sacolas plásticas classificadas em diversas cores e características, utilizou-se o isolamento desse material com adaptações dos métodos laboratoriais para análises, em conjunto com metodologias utilizadas em trabalhos científicos realizados sobre MPs isolados em ambientes de água doce. Posteriormente, as amostras de sedimentos e embalagens plásticas foram submetidas e analisadas em triplicata. Obtiveram-se diversas fibras desses resíduos em cores e tamanhos variáveis nos meses de coleta durante o período chuvoso de novembro/2019 a janeiro/2020 (Gráficos 1, 2 e 3, respectivamente). Assim, observou-se que nos meses de estudo tiveram as seguintes ocorrências acumuladas de precipitação: novembro/19 (57,30mm), dezembro/19 (212,60mm), e janeiro/20 (182,60mm). Já no período de estiagem registrou-se com zero (0,0mm) o mês de agosto/20, seguido de setembro/20 (1,90mm) e outubro/20 (93,60mm). Configurando o mês de dezembro/19 o dê maior intensidade pluviométrica, e consequentemente maior probabilidade de aumento no número de sedimentos e resíduos carreados para os corpos hídricos. Para as fibras de MPs obteve-se resultados satisfatório, comprovando a presença desses resíduos em vários tipos de tamanho e cores nesse habitat, trazendo sérias preocupações de poluição e degradação no ambiente e na vida aquática. Conclui-se que não foi possível encontrar os metais potencialmente tóxicos nesses cursos d ́água adsorvidos nos MPs e sedimentos, porém, é necessário ter mais estudos científicos para a confirmação desses resultados. Foi encontrado várias fibras de MPs em cores e dimensões diferentes, provenientes da decomposição dos materiais descartados nos cursos hídricos e pelo lançamento de água de lavagem de roupas.

Clique aqui e veja a dissertação completa