Subsídios ao planejamento por meio da interação entre os compartimentos morfopedológicos, água e cobertura vegetal

Autor: Tamires Elenice da Luz

Categoria(s): Dissertações

Palavra(s)-chave: abordagem morfopedológica, levantamento fitossociológico, Qualidade de Água

Para a preservação dos recursos naturais é necessário entender suas características ecológicas, geomorfológicas e sociais integradoras, o que possibilita compreender a dinâmica de funcionamento de um dado ambiente. O trabalho foi executado com o objetivo de subsidiar o planejamento de implementação do Campus da UFMT/VG, dentro da microbacia do córrego Parizinho por meio de estudos morfopedológicos, levantamento do estudo fitossociológico e o estado de conservação hídrica com análises de IQA (Índice de Qualidade de Água). A suscetibilidade à erosão foi determinada com análise dos compartimentos morfopedológicos. O levantamento da fitossociologia foi realizado por meio do método de quadrantes de 50 x 20 m, subdivididos em parcelas 10 x 10 m, totalizando 1 ha, nos quais foram contabilizados todos os indivíduos com DAP>10 cm. O período das análises de qualidade da água foi de março a novembro de 2013, compreendendo quatro pontos de coleta, utilizando o monitoramento básico por parâmetros físico-químicos e microbiológicos. A abordagem morfopedológica resultou em seis compartimentos morfopedológicos (MP), valorizando suas características em relação ao funcionamento hídrico e suscetibilidade aos processos erosivos. O compartimento MP05, que pode sofrer ocupação desde que tenha o controle dos processos erosivos por meio de obras de drenagem, e o MP06 são áreas favoráveis à ocupação. Entretanto, existem porções muito frágeis como os compartimentos MP01, MP02, MP03 e MP04, que devem ser preservados com sua vegetação natural e o plantio de espécies nativas para recomposição da área. No levantamento florístico foram quantificados 1378 indivíduos, distribuídos em 83 espécies, dentro de 35 famílias identificadas. O índice da Shannon (H’) alcançou o valor de 3,50 nats.individuo-1, sendo considerado comum para áreas de cerrado bem conservadas. A partir dos resultados do IQA nos quatro pontos de coleta ao longo do período estudado, notou-se que 50% dos valores encontram-se classificados como “bom”, 32% como “médio” e 18% classificado como “ruim”. O P4 foi o ponto que apresentou os piores IQA, sendo que apenas dois dos oitos meses apresentaram índices classificados como “bom”. O IQA foi classificado como “ruim” no P4 nos meses de julho, agosto e outubro devido à interferência de dois parâmetros, a alta concentração de E. coli, ainda que abaixo do limite máximo permitido, e de DBO (35,35 mg/L), que apresentou valor seis vezes acima do limite máximo preconizado pela resolução CONAMA 357/2005. A relação da análise integrada dos diferentes componentes ambientais do estudo propiciou a avaliação expressiva da área, o qual necessita comtemplar práticas conservacionistas que considerem as potencialidades e limitações do uso do solo.

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