Segurança Hídrica para Atendimento do Abastecimento Público

Autor: Jéssica Anastácia Alves

Categoria(s): Dissertações

Palavra(s)-chave: Crise hídrica. Gestão de recursos hídricos. Qualidade da água.

O Brasil possui aproximadamente 12% da disponibilidade de água doce do planeta, mas a distribuição natural não é equilibrada. O estado de Mato Grosso compartilha águas de grandes bacias hidrográficas do país, sua capital Cuiabá, localiza-se às margens do rio Cuiabá, tributário do rio Paraguai, que formam a maior área alagável do planeta, o Pantanal. Nos últimos anos, eventos de crises hídricas têm preocupado gestores em diferentes regiões do país, onde períodos acentuados de estiagem causam riscos sobre a disponibilidade e qualidade da água para o consumo humano e as demais atividades socioeconômicas. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) realizou um estudo de segurança hídrica que apontou o risco de insegurança para Mato Grosso, com risco alto para o município de Cuiabá. Estudos de segurança hídrica devem avaliar os impactos provocados pelos fatores de insegurança, ou estressores, que envolvem o aumento da demanda, pressões exercidas pelas atividades que degradam a qualidade dos mananciais e as alterações no uso e cobertura do solo, além das ocorrências de eventos hidrológicos extremos. Este trabalho tem por objetivo avaliar a segurança hídrica do atendimento do abastecimento humano para o município de Cuiabá, analisando as pressões exercidas pelos estressores sobre os pontos de captação superficial principais da capital do estado de Mato Grosso. A metodologia foi aplicada em nível de bacia hidrográfica, a partir dos pontos de captação, no rio Cuiabá e no rio Coxipó, sub-bacia do rio Cuiabá. Constatou-se que estes mananciais já se encontram com a qualidade de suas águas comprometidas devido a pressões das áreas urbanizadas que margeiam os rios. O risco de não atendimento do abastecimento permitiu avaliar o grau de segurança hídrica para cada um dos estressores estudados e identificar que as mudanças climáticas, que podem alterar a disponibilidade e, consequentemente, causar reduções da qualidade, é a principal ameaça à segurança hídrica no município.

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