Contaminantes emergentes são compostos orgânicos de origem natural ou sintética, detectáveis em diversas matrizes aquáticas. Ocorrem geralmente em concentrações traços e devido a efeitos adversos que podem causar aos seres vivos representa motivo de preocupação. As principais fontes de contaminação são os efluentes domésticos e industriais in natura ou tratados. As estações de tratamento de águas e efluentes não são eficientes na remoção desses contaminantes. Tendo em vista esse cenário, nesse estudo foram utilizados biochar de capulho de algodão (BCA) e carvão ativado pulverizado de coco babaçu (CAP) para remoção de cafeína e ibuprofeno respectivamente, por meio da adsorção. Esta dissertação foi estruturada em dois capítulos, composta inicialmente por uma revisão bibliográfica geral do tema, seguida pelo capítulo I que descreve a adsorção de cafeína por biochar de capulho de algodão. O capítulo II discorre a remoção de ibuprofeno por carvão ativado pulverizado de coco babaçu. Em ambos os capítulos foram avaliados a influência do pH inicial da solução, concentração dos materiais adsorventes, tempo de contato e temperatura no processo de adsorção; os materiais adsorventes foram caracterizados por meio das técnicas de espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourrier e microscopia de varredura eletrônica. O pH não influenciou na adsorção da cafeína e do ibuprofeno. O modelo de pseudosegunda ordem e o modelo de isoterma de Langmuir apresentaram os melhores ajustes aos dados de adsorção testados com biochar e carvão ativado. Os parâmetros termodinâmicos apontaram que a adsorção de cafeína pelo biochar é exotérmica, espontânea e favorável, por outro lado, os parâmetros termodinâmicos da adsorção de ibuprofeno, pelo carvão ativado, indicaram que este processo é endotérmico e não espontâneo. Estes dados demonstram que ambos os materiais adsorventes são alternativos na remoção de cafeína e ibuprofeno e possíveis outros fármacos.
Palavras-chave: Adsorção; biocarvão; carvão ativado; fármacos.