O presente estudo teve como objetivo estimar os efeitos tóxicos decorrentes da exposição de peixes da espécie Astyanax sp. ao agrotóxico endosulfam e à enzima violaceina. Os exemplares foram adquiridos na Pedreira São Gonçalo colônia (Z-8), em Cuiabá-MT e o experimento foi realizado em três etapas: na primeira, os exemplares foram separados em microcosmos e submetidos a diversas concentrações do agrotóxico endosulfam; na segunda, a exposição ocorreu na presença de violaceina; e na terceira etapa, na associação das duas substâncias. Os tratamentos foram realizados nas concentrações 1,0 ?g. L-1; 2,5?g. L-1; 5,0 ?g. L-1 e 10 ?g. L-1, em todas as etapas sob condições laboratoriais. Para determinar a concentração média letal, em 96 horas de exposição dos exemplares a estas substâncias, os parâmetros experimentais foram realizados em níveis semelhantes de temperatura, pH, oxigênio e condutividade. Os resultados analisados indicam uma CL 50 de 6,77 em 24h para os indivíduos expostos ao agrotóxico endosulfam. Em relação à violaceina, II etapa, a CL 50, foi atingida em 24h, que nos leva a supor que a toxicidade da violaceina, é significativa para a espécie em estudo. Os resultados indicam um efeito tóxico menos evidente quando as duas substanciais analisadas são adicionadas simultaneamente, III etapa. Os dados revelam que nas condições experimentais utilizadas, o agrotóxico endosulfam e a violaceina são tóxicos para a espécie em estudo. A espécie Astyanax asuncionensis possui maior sensibilidade à toxina violaceina. A associação do endosulfam com a toxina violaceina pode alterar o tempo de vida da espécie em estudo.
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