Dinâmica da inundação em fitofisionomias do pantanal mato-grossense

Autor: Laurienne Evelyn de Castro Borges

Categoria(s): Dissertações

Palavra(s)-chave: modelagem hidrológica, planície de inundação, precipitação, solo, umidade

No Pantanal mato-grossense, a variação anual do nível de água, as diferenças do regime hidrológico, as variações da topografia e do tipo de solo proporcionam, além das áreas não inundáveis, zonas permanente, periodicamente e raramente inundadas. Neste contexto, estudos sobre a dinâmica do nível e da área de inundação, bem como dos fatores que a influenciam, como a precipitação e as características físicos e físico-hídricas do solo, podem subsidiar ações de restauração, conservação e gestão das planícies de inundação. Este trabalho teve como objetivo modelar a dinâmica da inundação em fitofisionomias do Pantanal mato-grossense, correlacionar a variação da inundação e do nível freático com a precipitação e as características físicos e físico-hídricas do solo. A pesquisa foi realizada em uma área de Cordilheira e quatro de Cambarás, todas localizadas na RPPN SESC Pantanal, Barão de Melgaço, MT, Brasil. Foi monitorado o nível freático ao longo de dois anos hidrológicos, quantificada a área inundada e realizada a descrição da relação existente do nível e área de inundação dos locais estudados com o nível de água do Rio Cuiabá. Além disto, por meio da análise de componentes principais e de correlação, foi verificada a relação da variação do nível de inundação e do nível freático com a precipitação e atributos físicos e físico – hídricos do solo. A partir de 1,36 m, o nível de água do Rio Cuiabá é fator determinante da intensidade e da duração da inundação. Foram obtidos modelos de regressão linear que, para o intervalo de 1,36 a 4,61 metros de nível de água do Rio Cuiabá, permitem estimar o nível freático, o nível de inundação e a área inundada. Foi verificado que a diferença da variação do nível de inundação entre as unidades de estudo está associada aos atributos físicos e físico-hídricos até a profundidade de 80 cm do solo, assim como a diferença da variação do nível freático, porém este último a partir de 80 cm de profundidade. No período de enchente, até a profundidade de 40 cm, a precipitação exerceu influência positiva sobre o processo de umedecimento do solo, sendo um indicativo de que a precipitação é fator determinante para o início do pulso de inundação das unidades de estudo.

Clique aqui e veja a dissertação completa