O descarte irregular de resíduos sólidos em áreas de disposição inadequada como os lixões ainda constitui uma realidade no Brasil, gerando impactos ao meio ambiente (no solo e nas águas subterrâneas e superficiais) e risco à saúde pública. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a qualidade das águas subterrâneas e superficial adjacentes do antigo lixão de Tangará da Serra-MT. A metodologia consistiu em realizar análises físicas, químicas e microbiológicas das águas subterrâneas e superficial no período chuvoso e seco compreendidos entre setembro de 2019 e junho de 2020. Foram avaliados quatro poços de monitoramento (P1, P2, P3 e P4) com distância de 100 a 2.000 metros do lixão. A avaliação da água superficial ocorreu no Córrego do Meio, (P5) próximo ao lixão (nascente) e a (P6) a jusante. Foram realizados a avaliação da qualidade da água utilizando o Índice de Qualidade da Água (IQA). Os resultados obtidos mostraram maiores valores em todos os parâmetros (cor real, cor aparente, condutividade elétrica, nitrito, nitrato, fósforo, dureza total, demanda bioquímica de oxigênio (DBO5,20) e demanda química de oxigênio (DQO)) no período de seca, em todos os poços de monitoramento, evidenciando que com a redução do volume de água na seca ocorre um aumento das concentrações. Na água superficial os dados de nitrato, resíduos sólidos e Escherichia coli, demostraram maior valores à jusante, em função da vegetação alterada por ações antrópica influenciando no carreamento de partículas, enquanto na área da nascente verificou-se a melhor qualidade das águas devido a conservação da vegetação na área. Por consequência, os valores de (IQA) do Córrego do Meio classificaram as águas da nascente (P5) como Boa e a da jusante (P6) como Regular. Os resultados obtidos inferem não haver carreamento de poluentes do antigo lixão no período de estudo capaz de impactar na qualidade das águas subterrâneas e superficial
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