Os pesticidas são compostos utilizados em grandes quantidades nas atividades agrícolas e o Brasil é um dos países de maior utilização devido às grandes áreas destinadas a esse tipo de atividade. O uso destes é importante para o desenvolvimento da agricultura, sendo os mesmos um dos principais fatores contribuintes para a elevada produtividade das plantações, juntamente com a modernização e mecanização do setor agrícola. Atualmente podemos acompanhar o surgimento da integração dos setores de criação animal com a agroindústria, o que possibilita o incremento da produção, resultando em uma concentração da produção de animais e, consequentemente, de resíduos. Durante muito tempo, este tipo de atividade, presente na maioria das propriedades, permitia que os resíduos produzidos pudessem ser reciclados na própria unidade produtora, mas, esta concentração da produção de animais acarretou em uma série de problemas que ainda demandam estudos e soluções. Uma alternativa para a reciclagem dos dejetos líquidos de suínos é sua utilização como fertilizante, por apresentarem elementos químicos que, ao serem adicionados ao solo, fornecem nutrientes para as plantas. A cultura do milho em Mato Grosso tem deixado de ser uma cultura secundária (safrinha) passando a ocupar áreas com soja em plantios de 1ª safra, principalmente nas regiões do médio norte e no centro-sul do estado, onde prevê-se que 50% da área da soja será plantada com esse cereal na safra de 2012/13, e que nas citadas regiões concentram-se granjas de suínos e aves, devido à facilidade de produção de alimentos para os animais baseado no milho e soja. Dado a isso, muitos resíduos orgânicos tem sido gerados nessas granjas de modo que seu destino tem sido adubar as áreas de milho, principalmente.
Categoria: Dissertações
Interações entre compartimentos morfopedológicos, uso do solo e processos do meio físico na bacia do alto curso do Rio São Lourenço – MT
A bacia hidrográfica do alto curso do rio São Lourenço, área objeto deste trabalho e importante contribuinte do Pantanal Matogrossense, situa-se na zona de transição de relevos conservados e dissecados do Planalto dos Guimarães, contemplando suas principais nascentes, áreas de recarga de aquíferos e terrenos sensíveis a processos erosivos e de movimentos de massa, que se encontram em conflito com a exploração agrícola intensiva. Constitui boa representatividade das formas de uso do solo e dos impactos ambientais observados no Estado de Mato Grosso em zonas rurais. Buscando conceber metodologia ajustada à condição da região carente de dados básicos do meio físico, que são imprescindíveis à concepção e implementação de medidas voltadas à minimização dos impactos ambientais, foi aplicada nessa região a abordagem morfopedológica de maneira a permitir a delimitação cartográfica de áreas relativamente homogêneas envolvendo as interações entre o substrato geológico, relevo, solo, formas de ocupação antrópica, e a interpretação do funcionamento hídrico, dos processos do meio físico e dos impactos ambientais; subsidiando ações de controle. Privilegiando a utilização de técnicas de geoprocessamento, voltadas à interpretação de imagens de boa resolução, acompanhado por levantamentos apropriados de campo, foi possível a identificação de seis compartimentos morfopedológicos que foram interpretados em relação à susceptibilidade a erosão, movimentos de massa e assoreamento, permitindo a determinação das potencialidades e limitações ao uso do solo, subsidiando dessa forma, planejamento voltado à minimização dos impactos ambientais.
Análise Ambiental da Sub-bacia do Ribeirão do Lipa, em Cuiabá – MT
Neste trabalho, buscou-se realizar uma análise ambiental da Sub-bacia do Ribeirão do Lipa, que faz parte da bacia do rio Cuiabá, importante contribuinte da bacia hidrográfica do Alto Paraguai ou Platina. O Ribeirão do Lipa corta a Macrozona Urbana do município de Cuiabá, estendendo-se para a zona rural, onde estão localizadas suas cabeceiras. A área da sub-bacia totaliza 6.309,24 hectares, e para a realização deste estudo, a mesma foi dividida em treze microbacias. Essas regiões foram caracterizadas de acordo com a classificação supervisionada, mediante a utilização da imagem do satélite SPOT 5, tendo sido determinadas nove classes de uso e ocupação do solo: cerrado alterado, cerrado nativo, mata ciliar, área degradada, solo exposto com vegetação em recuperação, solo exposto, malha hídrica, urbanização e pavimentação. Essas classes foram agrupadas nos cinco temas abordados pelo método VERAH, que são: vegetação, erosão, resíduos, água/assoreamento e habitação/ocupação, determinando-se, desta forma, o diagnóstico ambiental da Sub-bacia do Ribeirão do Lipa.
Variação Temporal da Vazão e da Precipitação na Bacia do Rio Cuiabá
O presente trabalho avalia a variação temporal das vazões e das precipitações nos últimos 20 anos em 8 estações fluviométricas e 13 pluviométricas na bacia hidrográfica do rio Cuiabá através da análise gráfica e estatística; e compara as tendências de variação temporal da precipitação dos últimos 20 anos com aquela prevista pelos cenários do modelo climático global HadCM3 para esta bacia. Na análise gráfica foram utilizados os gráficos temporais, curvas LOWESS e correlogramas. Na análise estatística foi aplicado o teste de Mann-Kendall para identificação de tendências. Na análise dos dados climáticos foi feito o downscaling estatístico, com a relação entre os dados pluviométricos observados e os dados do modelo climático global HadCM3 para o ano de 1960-1990 (baseline) e em seguida realizou-se a comparação entre os dados simulados pelos cenários futuros (A2 e B1) do modelo global (HadCM3) e os observados na série histórica para o período de 2000-2010, visando verificar se há concordância entre resultados. A área objeto de estudo possui uma superfície aproximada de 41.000 km2 e está localizada entre os paralelos 14°18’ – 17°00’ S e meridianos 54°40’- 56°55’ W. No período analisado observou-se que existem tendências significativas (p ≤ 0,05) para as vazões e precipitações. Nas vazões, há predomínio de tendência de diminuição das vazões médias, mínimas e máximas principalmente nas estações localizadas nas sub-bacias Manso, Médio e Baixo Cuiabá no período estudado, enquanto que na sub-bacia Alto Cuiabá não existe uma tendência única. Já com relação às precipitações, apresentaram alterações significativas para o período de estudo, porém, não houve domínio único para todas as estações utilizadas.O desempenho do modelo climático global HadCM3 não se mostra satisfatório para identificar se as tendências observadas na precipitação estejam relacionadas a possíveis mudanças climáticas.
Avaliação de impactos sobre as águas subterrâneas da cidade de Sinop/MT e proposta para sua gestão
A cidade de Sinop está localizada no centro-norte do estado de Mato Grosso, distante cerca de 500 km da capital Cuiabá. Com uma população urbana de 93.735 habitantes, Sinop depende exclusivamente da captação de água subterrânea para o abastecimento público. Diante dessa característica surge o seguinte questionamento: Quais os impactos sofridos pelas águas subterrâneas urbanas de Sinop/MT? Este trabalho teve como objetivo geral a avaliação dos impactos sobre a quantidade e a qualidade das águas subterrâneas urbanas de Sinop/MT com a finalidade de subsidiar a elaboração de uma proposta de gestão para esse recurso. As informações sobre as águas subterrâneas de Sinop foram obtidas durante visita ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sinop (SAAES), através de pesquisa bibliográfica e de trabalhos realizados em campo. A análise dos dados obtidos possibilitou o conhecimento das características do consumo atual e futuro das águas subterrâneas em Sinop. A partir dessas informações foi elaborada uma adaptação da Matriz de Leopold, especificamente para as águas subterrâneas, que identificou e quantificou os possíveis impactos sofridos por esse recurso. Verificou-se que o uso de cacimbas e fossas negras, o cemitério, o comércio de combustíveis, as culturas agrícolas e o lixão da cidade são as variáveis com maior risco de contaminação das águas subterrâneas de Sinop. Em relação a sua quantidade foram identificados o asfaltamento das ruas e os períodos de estiagem como as variáveis com maior risco de impacto. Com as informações obtidas neste trabalho foi elaborada uma proposta de gestão específica para as águas subterrâneas de Sinop. A proposta sugere ações claras e concisas que, se implantadas pelos gestores públicos, garantirão a disponibilidade hídrica da cidade de Sinop em qualidade e quantidade.
Estudo dos processos erosivos com aplicação de abordagem morfopedológica na sub-bacia do rio do Sapo, sudoeste de Mato Grosso
A atual pesquisa envolve um estudo dos processos erosivos com aplicação de abordagem morfopedológica na sub-bacia do rio do Sapo, situado na região sudoeste de Mato Grosso, visando compartimentar a bacia de estudo conforme a vulnerabilidade às erosões, e levantar as principais potencialidades e vulnerabilidades do seu meio físico. Nesse sentido, a partir do mapeamento de solo, relevo e geologia, realizados em escala de 1:50.000, tornou-se possível a compartimentação cartográfica de áreas relativamente homogêneas em relação aos aspectos do meio físico (solo, formas de relevo e rochas) e do funcionamento hídrico, resultando no mapa morfopedológico da área de estudo, baseada na metodologia apresentada por Castro e Salomão (2000). O mapa morfopedológico serviu de base para a compreensão dos processos erosivos e ao posterior mapeamento da vulnerabilidade à erosão laminar e linear da sub-bacia, conforme Salomão (2010), assim como subsidiou a elaboração de uma carta de potencialidades e limitações ao uso do solo, com ênfase aos possíveis conflitos relacionados aos recursos hídricos. Identificou-se a presença de 11 compartimentos morfopedológicos, constatando-se de modo geral, predomínio de terrenos relativamente suaves e formados por solos essencialmente arenosos, que corresponde a cerca de 76% da área total de estudo, representados pelos compartimentos morfopedológicos MP-06 (Neossolo Quartzarênico em colinas amplas) e MP-08 (Neossolo Quartzarênico em rampas). Em relação às unidades mais vulneráveis aos processos erosivos, verifica-se que se tratam justamente dos compartimentos onde se concentram as feições erosivas lineares mapeadas. Se sobressaindo como locais mais frágeis, as colinas amplas arenosas do compartimento MP-06, os setores das médias e baixas vertentes ocupadas por Neossolo Quartzarênico tanto nas colinas médias do compartimento MP-05, quanto nos anfiteatros de cabeceira de drenagem do MP-10, além das rampas coluvionadas e depósitos de tálus do MP-07, que apresentam solos de textura arenosa. A carta de potencialidades e limitações permitiu identificar alguns locais com acentuados problemas resultantes da interação antrópica no meio físico, com destaque para os caminhamentos de gado no interior e imediações dos fundos de vales fluviais e em áreas de cabeceiras de drenagens do MP-05 e MP-06, resultando em processos erosivos nesses locais, com evidências de rebaixamento progressivo do nível d’água, assoreamentos e perdas de hidromorfismo.
Plantas indicadoras do rebaixamento do nível do aquífero freático, em veredas do Cerrado de Mato Grosso
O presente trabalho busca conhecer a sucessão de espécies vegetais pertencentes ao cerrado sentido restrito, que adentram uma área de campo limpo úmido que tem o nível do aquífero freático rebaixado. Foram instalados três transectos A, B e C. Em uma vertente de colina média, no topo a vegetação é de cerrado sentido restrito, a um campo úmido em direção ao curso d`água. A área localiza-se na Fazenda Samambaia e na Chácara Fim da Picada, em Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. Os transectos A e B foram implantados em locais de estado conservado e o C foi em um ambiente que há erosão linear com fenômenos de pippng. Foi feito monitoramento das variações pluviométricas de setembro de 2010 à dezembro de 2011, do nível de água do solo, classificação do solo, e levantamento florístico. Devido ao rebaixamento do nível freático houve mudanças na vegetação no transecto C, tais como: o predomínio de Pteridium aquilinum e Simarouba versicolor. Solos do tipo Plintosolo e Plintosolo Pétrico avançam por onde antes havia solo hidromórfico cinzento e Glei úmido.
Risco a erosão na microbacia do Córrego Samambaia no município de Chapada dos Guimarães – MT
O mapeamento de risco tem se tornado uma ferramenta eficaz na prevenção de acidentes, que podem resultar em perdas econômicas e até mesmo de vidas. Para determinação de suscetibilidade a erosão laminar e linear, primeiramente, foi elaborado mapa de declividade com base também no modelo numérico de terreno ASTER-DEM, extraíram-se as classes de declividade referentes às declividades o software ARCGIS versão 9.3 foi utilizado para a extração da declividade. Foram definidas as classes de suscetibilidade à erosão laminar e linear através da utilização dos mapas de declividade e morfopedológico e ainda das anotações de campo. Foram elaborados os mapas de suscetibilidade à erosão laminar e linear e baseado nesses mapas foi determinado o risco a erosão da microbacia Samambaia, através de um mapa que apresentou os seguintes resultados: Áreas de Risco Alto, nessa categoria foram agrupadas as classes II e III do mapa de suscetibilidade a erosão linear e as classes do mapa de suscetibilidade de erosão laminar, caracterizam-se principalmente por áreas de cabeceiras, compreende o setor inicial da microbacia com área de nascentes com intensa ocupação, as nascentes estão totalmente degradadas e as veredas estão sendo utilizadas como área de passagem até o curso d’água pelo de gado. Áreas de Risco Baixo são áreas de declividade acentuadas, mas com uso muito reduzido, a vegetação está em processo de regeneração natural. Áreas onde não há risco a erosão são áreas sem quaisquer tipos de uso do solo. Recomenda-se que a ocupação da bacia deve seguir algumas precauções e práticas nas áreas caracterizadas como alto risco a erosão, tais como: restringir a ocupação das áreas adjacentes as nascentes dos córregos que compõem a rede de drenagem da bacia, e utilizar técnicas conservacionistas de uso de solo.
Plano de recuperação de áreas degradadas de trechos da cabeceira do Rio São Lourenço, Campo Verde – MT, mediante diagnóstico rural participativo.
Este trabalho teve como objetivo recuperar trechos de área de preservação permanente degradada, considerando princípios do Diagnóstico Rural Participativo e o uso de técnicas de nucleação no plantio de sementes. As intervenções ocorreram em um dos tributários que formam o rio São Lourenço no município de Campo Verde, sudeste de Mato Grosso. O Diagnóstico Rural Participativo foi adotado para fortalecer a participação social, a partir da construção de novos conhecimentos relacionados à gestão dos recursos naturais, uma vez que a área de estudo é composta por três diferentes proprietários, com diferentes perfis socioeconômicos. Houve o estabelecimento de indicadores para avaliação mais objetiva dos resultados obtidos. Foram realizados encontros apresentando projetos em desenvolvimento pela UFMT, para, na sequência, ocorrer a construção coletiva do plano de trabalho relacionado à recuperação da área degradada. Durante as reuniões foram utilizados questionários semiestruturados, diagrama de Venn, matrizes, transectos e tabelas. Os resultados das ações foram positivos, pois viabilizaram a extração das informações necessárias para o desenvolvimento do projeto. A execução dos trabalhos de campo para implantação do plano de recuperação de área degradada (PRAD), contou com o apoio total dos proprietários das áreas para a realização dos trabalhos de campo, disponibilizando máquinas, funcionários e, em alguns casos, recursos financeiros para a consolidação do PRAD. A área submetida à intervenção (PRAD) foi de 6,5 hectares. Foram criados núcleos de diversidade, que corresponderam a 05 tratamentos:T1- regeneração natural em área com brachiária; T2- plantio de mudas e de muvuca de sementes com plantadeira a vácuo e barreira de crotalária; T3-idem T2, sem barreira; T4-plantio de muvuca de sementes com plantadeira a vácuo; T5-plantio de muvuca de sementes com distribuidor de adubo. Cada tratamento apresentou um modelo de recuperação diferenciado do outro, Os seguintes indicadores de progresso foram utilizados: ICS-índice de cobertura do solo, densidade de indivíduos e riqueza de espécies, incluindo, ainda, a eficiência econômica e o registro fotográfico comparativo. Os indicadores permitiram a avaliação dos 05 tratamentos, compostos por 03 parcelas de 81 m2 cada, totalizando 15 parcelas monitoradas. Todos os tratamentos apresentaram um bom ICS, ou seja, acima de 60% da cobertura do solo. A densidade variou, em média, por tratamento, de 56,3 a 83,7 indivíduos plantados/tratamento, com número de indivíduos pertencentes às espécies que não eram de ciclo curto (perenes) variando de 8,7 a 15 indivíduos por parcela. A riqueza variou de 2,7 a 5,3 espécies perenes/tratamento. A comparação dos custos nos tratamentos contemplou o isolamento e plantio de sementes e mudas em núcleos, e considerou insumos e serviços utilizados nas ações, tendo como resultado o melhor custo benefício o T2, sendo o T1 o mais caro em função do isolamento com cerca sem a inoculação ou plantio de sementes e mudas. Na avaliação dos registros fotográficos fica evidente a evolução dos núcleos de recuperação, quanto à cobertura do solo e a ocorrência da sucessão ecológica secundária. É possível notar a diferença na etapa inicial da sucessão ecológica nos trechos submetidos ao PRAD. O projeto é considerado pioneiro na área de estudo, considerando a adoção de técnicas de nucleação, evidenciado resultados inovadores do ponto de vista ecológico, econômico e social, devido à qualidade da restauração ecológica, à economia de recursos em detrimento dos métodos convencionais de recuperação de áreas degradadas, bem como, à participação social no processo decisório de implantação do PRAD.
Morfopedologia aplicada a interpretação da dinâmica hídrica de duas nascentes na alta bacia do Rio São Lourenço
Entender os processos que determinam à dinâmica e o comportamento dos agentes que atuam e regem os eventos que ocorrem no contexto da bacia hidrográfica são determinantes para a gestão dos recursos naturais, principalmente os recursos hídricos. O objetivo geral do trabalho é caracterizar, através da abordagem morfopedológica, duas cabeceiras de drenagem representativa da bacia hidrográfica do Alto São Lourenço voltada para a interpretação do funcionamento hídrico de suas nascentes. Para tanto, foram delimitadas duas cabeceiras de drenagem localizadas no entorno do município de Campo Verde- MT, definidas como CD1-aviário e CD2 – poço azul, ambas com diferença no grau de degradação ambiental, que tiveram os compartimentos pedológicos estudados em detalhe ao longo da vertente com topossequências desenvolvidas através de sondagens investigativas executadas no sentido longitudinal do eixo principal da nascente respeitando a declividade do terreno. As informações sobre os usos atuais e ocupação dos solos das cabeceiras selecionadas foram obtidas através da análise de material bibliográfico, peças técnicas e visitas a campo. Os resultados indicam que a substituição da cobertura vegetal original por cultivos agrícolas provocaram alterações no comportamento da água no solo; o modelo de uso e ocupação implantado e desenvolvido nas áreas e no seu entorno contribuíram para formação de um horizonte de assoreamento que ocasionou alterações nos compartimentos pedológicos; as alterações ao longo da vertente da cabeceira de drenagem do aviário ocasionaram o rebaixamento do nível freático e recuo do ponto de surgência d’água; os recursos hídricos existentes na cabeceira de drenagem do aviário apresentam maior risco de contaminação em função do grau de alteração e da proximidade do nível freático da superfície do terreno; a forma como surgem as nascentes nas áreas estudadas são distintas. Os resultados evidenciam que os atuais usos do solo das cabeceiras estudadas além de não garantir a proteção dos cursos d’água existentes em seu interior, não contribuem para a manutenção da funcionalidade dos processos, interações e inter-relações entre os agentes envolvidos no contexto destes ambientes.