Diversidade de Trichoptera Kirby, 1813 em diferentes escalas espaciais da Bacia do Alto Paraguai

Autor: Rogério Conceição Lima dos Santos

Categoria(s): Dissertações

Palavra(s)-chave: conservação, diversidade beta, Macroinvertebrados, particionamento

Ecossistemas aquáticos são hierarquicamente organizados que e incorporam em níveis sucessivos diferentes escalas espaciais influenciando as comunidades aquáticas. A compreensão dos atributos ecológicos envolvidos é fundamental para evitar a perda da biodiversidade e subsidiar estratégias de conservação. Os objetivos deste estudo foram identificar quais escalas espaciais estão associadas a maior diversidade beta e quais são os fatores ambientais mais importantes para estruturar a comunidade de Trichoptera nas escalas de riachos e microbacias. As coletas foram espacialmente hierarquizadas em quatro escalas: Unidade de conservação (Escala 4); 12 microbacias (Escala 3); 36 riachos (Escala 2); micro-habitats (Escala 1). Para amostragem utilizamos o coletor Surber (0,250 mm), e a cobertura vegetal foi mensurada através do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI). As relações entre os componentes da diversidade foram realizadas através da análise de particionamento aditivo, e a influência do ambiente na comunidade através de regressão múltipla multivariada com dimensões da NMDS e eixos da PCA. Foram registrados 4325 larvas de Trichoptera, distribuídos em 36 morfoespécies. As famílias com maior riqueza foram Hydroptilidae (9 spp.) e Leptoceridae (8 spp.). O particionamento aditivo demonstrou que a escala de microbacia estão associadas a maior diversidade beta, tanto para a métrica de riqueza (?3=25%) quanto para diversidade de Shannon (?3=18,25%). A análise de regressão múltipla multivariada entre os eixos da PCA e as dimensões do NMDS, na escala de microbacia, demonstrou que a cobertura vegetal e a condutividade elétrica foram relacionadas com abundância (Eixo 1 – Pillai Trace= 0,58686, F= 5,6820, p= 0,029) e presença e ausência (Eixo 1 – Pillai Trace= 0,58187, F= 5,5665, p= 0,03) de larvas de Trichoptera. A comunidade de Trichoptera nas diferentes escalas espaciais (substratos, riacho, microbacia e unidade de conservação) foi afetada por múltiplos fatores locais e regionais. As maiores variações ocorreram na escala de microbacias, influenciadas pela heterogeneidade de micro-habitats, cobertura vegetal e condutividade elétrica.

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