Quase 1.500 placas de energia fotovoltaica (solar) serão instaladas no Câmpus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Além de Cuiabá, os Câmpus do Araguaia e de Sinop também contarão com essas instalações. Além do investimento em sustentabilidade, a ação gerará economia de recursos a longo prazo, o investimento também tem o objetivo de se tornar um campo de prática para futuros profissionais da área. A ação faz parte do projeto UFMT "Construindo o Futuro", que visa dar as bases para o desenvolvimento da Instituição nos próximos 50 anos.
De acordo com o reitor da UFMT, professor Evandro Soares da Silva, "a preocupação com a sustentabilidade, em todos os sentidos, deve ser uma preocupação de toda sociedade. E as universidades, para além da pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, devem, também, dar exemplos práticos", aponta.
"Assim, a implantação painéis fotovoltaicos geradores de energia elétrica, em todos os Câmpus da UFMT, vai ao encontro desta percepção e também busca economicidade do valor pago pelo consumo de energia elétrica e esta contida no programa de eficiência energética que visa, de um lado, produzir energia, de outro, reduzir as perdas de energia e aumentar a eficiência energética dos equipamentos elétricos", explica o reitor.
Em termos práticos, as novas placas devem produzir mais de 200 mil kWh/mês, garantindo uma economia de recursos superior a R$ 130 mil mensais para a UFMT, só no Câmpus de Cuiabá. Esse esforço já se soma a outras iniciativa realizadas pela Secretaria de Infraestrutura no sentido de aumentar a eficiência energética da Universidade. "Além desta ação, temos que destacar que a UFMT tem procurado, a partir de parcerias com os setores públicos e privados, participar de processos de eficiência energética, capitaneados pela Sinfra. Anualmente, concorremos aos editais da concessionária de energia elétrica e, com os investimentos obtidos, conseguimos fazer melhorias pontuais que, em conjunto, impactam em uma melhoria nítida neste tópico”, completa o professor Evandro Soares.
Energia solar
Além disso, trata-se de uma fonte inesgotável de energia, contínua e renovável, que ainda não é devidamente explorada no Brasil, apesar de seu grande potencial, explica o coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Energia e Planejamento Energético (NIEPE), Ivo Leandro Dorileo.
"Os resultados desse projeto se traduzirão atráves de benefícios econômico-financeiros na conta de energia elétrica e também do ponto de vista ambiental, reduzindo as emissões de carbono pelo uso de energia elétrica de outras fontes, melhorando sua segurança no fornecimento próprio e garantindo compensações na tarifa de energia ao gerar eletricidade para a rede da distribuidora local", afirmou.
Atualmente as empresas estão em fase de desenvolvimento do projeto, realizando o estudo de viabilidade para verificar a melhor posição e inclinação dos painéis que serão instalados em cada prédio. A previsão é que as placas comecem a ser fixadas até maio.
“Para além destas questões, após a implantação das usinas de energia fotovoltaica, teremos um campo de prática para os futuros profissionais da área, garantindo a excelência de nossas ações no ensino, na pesquisa, na extensão”, finaliza o reitor.