O pleito eleitoral ainda não acabou para 57 cidades brasileiras que terão que decidir seus prefeitos no 2° turno, e Cuiabá está entre elas. A votação ocorre no próximo dia 29 e é imprescindível conhecer bem os candidatos para não se arrepender do voto.
Com o objetivo de subsidiar os eleitores, oferecendo elementos fundamentais para o processo de escolha, a Oficina de Política, ministrada pela professora do Programa de Pós-Graduação de Política Social (PPGPS) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Alair Silveira, analisou os candidatos que disputaram as eleições municipais de 2020, tendo como eixo a disputa pelo poder executivo em Mato Grosso.
“Formamos quatro grupos com os participantes, cada qual responsável pelo acompanhamento do processo eleitoral nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Santa Rita do Trivelato. Foram levantados dados de cada município, assim como os resultados das três últimas eleições (2008, 2012 e 2016) identificando a composição (bancadas partidárias) da Câmara Municipal e do Executivo (prefeito e vice)”.
Além do levantamento de dados, os participantes acompanharam o processo de articulação das pré-convenções partidárias e as movimentações das lideranças políticas e dos partidos. “Após as convenções, as composições de chapas e os nomes que foram aprovados para os cargos majoritários, foram realizadas pesquisas sobre a vida pública pregressa, as declarações de bens, a trajetória político-partidária e, principalmente, a comparação entre os programas de governo e os programas partidários, confrontando-os com os projetos sociais”.
A Oficina de Política mesclou leitura de textos e artigos relacionados aos temas envolvidos nos processos eleitorais, seja do ponto de vista estrutural como: projetos sociais, partidos políticos, sistemas eleitorais, elites políticas, poder local, democracia, assim como questões temáticas recorrentes no processo como corrupção, fake news, judicialização, novo movimentos de renovação política, comportamento eleitoral, militares e política, religião etc.
Alair acrescenta que o direito político não termina no voto, a escolha é uma decisão importante, mas é só o início do processo. “Não é possível que os cidadãos considerem que seu direito político se esgote na finalização da escolha eleitoral. Ao contrário, a eleição é somente uma parte do processo político. E nesse processo é preciso, também, recuperar a importância dos partidos políticos, que parecem ter perdido relevância, assim como prestar atenção nos projetos societários, pois são eles que orientam os partidos e, por consequência, os programas partidários e de governo.”